domingo, 9 de janeiro de 2011

AOS VENTOS


A voz do vento venta as vozes, viva,
Às margens mansas de marés morosas,
Barcos banham-se com bandeiras brancas,
Rompendo os rumos, as redes e as rotas...

A luz da lua, lépida e (lasciva),
Povoa os portos - pescas predadoras,
Enquanto esgotam-se essências estranhas,
Nas ondas orquestradas e opressoras...

A voz das margens banha-se de rosas,
Levando perfume, estrelas e olhares
Onde estremecem os pactos lendários...

Rumos de barcos nas manhãs viçosas,
Olores exalam-se – Prisma e luares
Aos ventos ...mares, brisas e rosários...

Gigio Jr (Novos Poemas-2007)

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