quinta-feira, 3 de março de 2011

UM OPERÁRIO


Beijo a esposa e os filhos às saídas
Para o trabalho do meu ganha-pão;
E adentro trens, metrôs e lotações
Cheias de outras vidas amanhecidas...

No silêncio das idéias dormidas,
Enfrento as obras, sou o mesmo peão,
Enquanto os apitos das construções,
Despertam-me das contas e das dívidas...

Sou mais um operário à multidão
De “batalhadores” de uma cidade,
Onde patrões nos exploram ainda...

Meus braços disfarçam minha exaustão,
E a marmita mostra a realidade
Da angústia de um salário que se finda...

Gigio Jr (Novos Poemas – 2007)

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